terça-feira, 12 de maio de 2009

Lição 07

Consideração Acerca do Casamento

Texto Áureo: Hb. 13.4

Leitura Bíblica em Classe: I Co. 7.1-5,7,10,11

Objetivo:
Mostrar que o casamento é, desde o princípio, uma instituição social e vitalícia como ponto de origem e suporte da família.

Introdução:
A saída apresentada por Paulo aos crentes de Corinto, e também para nós hoje para evitar a imoralidade sexual, é o casamento.
Nesta aula, aprenderemos o que a Bíblia ensina a respeito dessa importante instituição.
Estudaremos a respeito da questão do celibato, suas possibilidades e implicações, e, ao final, meditaremos a respeito do relacionamento conjugal entre cristãos e não-cristãos.

1. O Casamento na Bíblia:
No Antigo Testamento a palavra hebraica para casamento é “laqah”, cujo significado básico é o de “pegar pela mão, conduzir”.
No Novo Testamente, o termo “gamos”, em grego, significa “casar, celebrar o casamento, ter relações sexuais” (Mc. 6.17; Lc. 14.20; Jô. 2.1-2).
A importância do casamento é claramente exposta no Novo Testamento e está baseada nos mandamentos de Deus (Gn. 2.24; Mt. 19.4-5; I Co. 6.16; Ef. 5.31).
Jesus, no Sermão do Monte, destacou a natureza sagrada do casamento e reforçou o cuidado em relação ao mandamento de não cometer adultério (Mt. 5.31-32).
Ainda que em Dt. 24.1 haja uma possibilidade de divórcio, em Mc. 10.2, Jesus o proibiu, permitindo-o somente nos casos de imoralidade sexual do cônjuge (Mt. 5.32; 19.9).
O casamento é tão sublime do ponto de vista bíblico que, para Paulo, esse se assemelha ao relacionamento do homem com Deus (Rm. 9.25).
Por esse motivo, o casamento é um mistério que ilustra a relação de Cristo com a igreja (Ef. 5.32).
A fidelidade de Cristo pela igreja espelha como deve ser o tratamento do esposo para com a esposa e desta em relação àquele (Ef. 5.21-22, 25-29).
Ao contrário do que depreendem alguns estudiosos, a partir do capítulo 7 da I Epístola aos Corintios, a visão paulina do casamento é positiva, não negativa.
Conforme veremos nos próximos tópicos, o objetivo de Paulo nesse trecho da epístola é responder a alguns questionamentos da igreja (v. 1), levando em consideração os aspectos contextuais (v. 26).

2. O Casamento e Celibato:
Ao que tudo indica, na igreja de Corinto havia pólos extremos em relação ao casamento e ao celibato.
Paulo, no entanto, evita esses dois posicionamentos e mostra que tanto o casamento quanto o celibato são dons de Deus.
Por isso, se alguém recebeu o dom de casar, deve se casar, do mesmo modo, se recebeu o dom do celibato, deve permanecer no celibato.
O Apóstolo destaca, nesse capítulo, que:
1) o casamento é puro, por isso a poligamia deva ser terminantemente proibida (7.2);
2) do mesmo modo ele trata a união homossexual (7.2);
3) o celibato não deve ser uma ordenança, ainda que seja motivado (7.1). O celibato não pode ser uma obrigatoriedade, conforme estipula algumas igrejas, pois só faz sentido caso seja resultado de um dom espiritual (Mt. 19.10-12), na verdade, o casamento é um princípio estabelecido por Deus quando criou o primeiro casal (Gn. 2.18);
4) há uma mutualidade nos direitos conjugais, portanto, no que tange ao relacionamento, o marido e a mulher devam saber que têm responsabilidades sexuais um com o outro (7.4), é preciso que haja cuidado para que um não prive o outro (7.5); 5) o ato sexual, no entanto, não deva ser endeusado, como costuma acontecer nesta sociedade centrada no sexo, é possível que os conjugues resolva absterem-se, com consentimento mútuo, por algum tempo, para a dedicação à oração (7.5).
A razão para um tempo determinado, que não seja muito longo, é para evitar que Satanás entre em ação (7.5).
Acima de tudo, é preciso desconstruir a idéia, defendida por alguns, que o sexo é pecado, na verdade, dependendo de como ele é feito, ai sim, pode se tornar pecado (Hb. 13.4).

3. O Casamento entre Cristão e não Cristãos:
A igreja de Corinto era bastante recente, por isso, algumas pessoas se converteram ao evangelho de Cristo depois de casadas.
Como acontece com ainda hoje nas igrejas, é possível que o marido ou a mulher se converta e o cônjuge permanece descrente.
O questionamento da igreja era o seguinte: devemos nós permanecer casados com cônjuges descrentes? A resposta do Apóstolo à essa pergunta é: SIM.
Com isso, tal realidade não deva ensejar a separação.
A conversão não muda o compromisso social do cristão, a não ser, e ai entre a exceção paulina, que o cônjuge descrente não mais queira viver com o crente (v. 15).
Nesse caso, além da possibilidade do divórcio dada por Jesus, no caso da imoralidade sexual (Mt. 19.9), inclui-se também quando houver deserção obstinada da parte incrédula e que não possa por hipótese alguma ser remediada pela igreja.
Aos cristãos não casados da igreja de Corinto, Paulo recomenda, tanto aos solteiros quanto às viúvas, que não se casem, a menos que realmente não possam, nesse caso, persiste a máxima, “é melhor casar do que viver abrasado” (v. 8,9).
Um entrave para muitos teólogos é tentar entender porque Paulo, que defendera o casamento em tantas outras circunstâncias, parece se opor a esse.
A resposta está nas circunstâncias, haja vista que a igreja se encontrava na iminência de ser perseguida, por isso, seria mais viável para os solteiros e as viúvas não se casarem, afinal, no contexto da perseguição, as famílias sofrem mais ainda (v. 28).

Conclusão:
Esse capítulo da epístola não deva ser tomado isoladamente a fim de se construir uma teologia do casamento.
Ele precisa ser correlacionado com outras passagens bíblicas, e, principalmente, ser visto a partir das indagações específicas da igreja de Corinto.
Algumas verdades, entretanto, são de âmbito doutrinário, isto é, têm alcance universal, dentre elas, destacamos:
1) o celibato é um dom, portanto, se alguém anseia o casamento é porque não tem o dom do celibato, então, é melhor casar (v. 8,9);
2) quando for fazê-lo, esteja ciente que o seu futuro cônjuge seja, de fato, um cristão, a fim de que o casamento se dê no Senhor (v. 39);
3) se a conversão acontecer depois do casamento, todos os esforços devam ser feitos a fim de que o casamento seja mantido; e
4) os cônjuges devam ter o cuidado de cumprir a satisfação sexual um do outro, a fim de que não sejam alvo das tentações satânicas (vs. 3-5).


Dc. Luiz Carlos

luiz_310@hotmail.com

www.lc310.blogspot.com

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